Estudantes e mulheres vindas de diversas partes do município participaram da passeata
Estudantes e mulheres vindas de diversas partes do município participaram da passeata
Estudantes e mulheres vindas de diversas partes do município participaram da passeata

Em Tailândia, município da região nordeste do Pará, foi realizado no último dia 28 pela Prefeitura Municipal, através do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), uma passeata pelas principais ruas da cidade, terminando na Praça do Povo.

A ação faz parte dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher“. Na ocasião, estiveram presentes a primeira dama e Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Sunamita Sobral, a coordenadora do CRAS, Vanessa Mello, servidores da Secretaria de Assistência Social, estudantes e mulheres vindas de diversas partes do município, no propósito de conscientizar a população a lutar pelo fim da violência, buscando assim um lar feliz e harmonioso, pautado no amor e respeito.

Violência contra mulher é uma realidade bem conhecida dos brasileiros. São 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 7º lugar no ranking de países nesse tipo de crime. De 1980 a 2010, foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil só na última década. O número de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6% – mais que triplicando – nos quantitativos de mulheres vítimas de assassinato.

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Das mulheres ouvidas pelo Data Senado, 30% dizem acreditar que as leis do país não são capazes de protegê-las da violência doméstica. Para 23,3%, muitas vítimas não denunciam os companheiros à polícia por prever que eles não serão punidos.
Das mulheres entrevistadas, 18,6% afirmaram já ter sido vítimas de violência doméstica. Em resposta à última agressão, uma parcela expressiva delas (20,7%) nunca procurou ajuda nem denunciou o agressor.

Segundo o Instituto Avon “ Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.

– Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência. – 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso. – 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema”.

A violência contra as mulheres acontece de diversas formas. Confira alguns dados divulgados pela ONU no início do ano:

Pelo menos 60 milhões de meninas que deveriam estar vivas estão “desaparecidas” em diversos países, em geral na Ásia, como resultado de abortos seletivos, assassinatos ou negligência durante os primeiros meses de vida;

Estudos sugerem que a violência doméstica está presente na maioria das sociedades e é uma das causas mais frequentes de suicídio entre mulheres;

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Estupros e outras formas de violência sexual estão aumentando. Muitos estupros não são denunciados: as estimativas variam, mas acredita-se que menos de 3% dos estupros na África do Sul são denunciados, enquanto nos EUA este número sobe para 16%;

Dois milhões de meninas com idades entre cinco e 15 anos são forçadas a entrar na prostituição a cada ano;

Pelo menos 130 milhões de mulheres já foram submetidas a mutilação genital e dois milhões de mulheres a cada ano correm o risco de serem forçadas a se submeterem a esta prática;

Os chamados “crimes em defesa da honra” matam milhares de mulheres a cada ano, em especial na Ásia e África. Pelo menos mil mulheres foram assassinadas no Paquistão em 99 por este “motivo”.

Nos Estados Unidos, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. A agressão física em geral é acompanhada por abuso psicológico e sexual. Entre 613 mulheres que sofreram agressão no Japão, constatou-se que em apenas 8% dos casos a agressão havia sido apenas física.

De acordo com o sociólogo Orso Camardo – A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.

 

Taciano Cassimiro | Portal Tailândia

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