A dura realidade de uma família, no meio da floresta amazônica. Um lugar de imensas riquezas, proteção e disputa, mas que revela a face mais cruel da fome, do abandono e da tristeza de quem só quer algo para comer. 

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Nós estamos no município de Tailândia, cidade a 230 quilômetros de Belém. Uma região cercada por imensos dendezais, florestais e grandes plantações de grãos. Aqui, também é terra de gente que não tem quase, ou praticamente nada, para fazer as refeições mais básicas do dia.

Morando de favor, em uma casa na zona rural do município, embora o local fica mais para o território de Moju, a família não pode aparecer. Por vezes, eles precisam colher laranjas dos sítios da vizinhança para poder se alimentar.

Foto: Pedro Cruz / Portal Tailândia

Cercado pela plantação de dendê, símbolo do desenvolvimento em Tailândia, a família passa necessidade na floresta. Mãe com três filhos e uma nora, de 14 anos, grávida de seis meses.

No sexto mês de gravidez e esperando uma menina, a adolescente mostra as poucas coisas que ganhou para o enxoval da filha. As roupas são para meninos, mas ela não reclama. Conta que não tem dinheiro para bater a ultrassom, e também não faz o pré-natal como deveria.

A menina dorme com o marido, um adolescente que acabou de fazer 18 anos, em um pequeno casebre, ao lado da casa cedida à família. O local não tem segurança e corre risco de desabar a qualquer momento.

Foto: Pedro Cruz / Portal Tailândia

Com 14 anos de idade, a menina ainda brinca com a cunhada, que é um ano mais nova. Outra garota que tem a infância roubada pelo sofrimento da falta de alimentação. Com 13 anos de idade, a garota não tem brinquedos e passa o dia com os animais de estimação. É na escola que ela consegue, muitas vezes, a única refeição do dia.

Foto: Pedro Cruz / Portal Tailândia

A menina não sabe o que é ter uma vida normal, desde que o irmão mais velho foi ameaçado de morte e teve que ser incluso no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, o (PPCAAM). O caso ocorreu em 2017, e eles já passaram por três cidades. Há um ano estão em Tailândia, onde passam por essa situação.

A família foi excluída do programa no ano passado, depois que o adolescente começou a trabalhar, o que é proibido pelo programa. Sem o dinheiro do (PPCAAM) e sem encontrar um emprego, agora eles esperam por um socorro.

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