Sindicato cobrou respostas em reunião realizada nesta segunda, 7.
Presidente de associação de cabos e soldados garantiu retração.

Imagens mostram PM suspeito de agredir equipe da TV Liberal. (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
Imagens mostram PM suspeito de agredir equipe da TV Liberal. (Foto: Reprodução/ TV Liberal)

Em reunião realizada no início da noite desta segunda-feira (7) com os militares concentrados no 6º Batalhão da Polícia Militar, em Ananindeua, representantes do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) cobraram explicações oficiais dos manifestantes a respeito das agressões sofridas pelo jornalista Márcio Lins e o repórter cinematográfico Jairo Lopes, ambos da TV Liberal, no último sábado (5), durante a paralisação dos praças que reivindicam isonomia salarial. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Bombeiros do Pará, Francisco Xavier, garantiu retração e lamentou o ocorrido.

No local onde ocorreram as agressões, imagens mostram homens que tentam impedir o trabalho da equipe da TV Liberal, alguns vestidos com uniformes da PM. “Vocês só mostram os pontos negativos. Vão-se embora, vão-se embora que a turma tá revoltada”, diz um dos homens, em meio a palavrões. Depois, um grupo parte para a violência.  Um dos policiais tenta tirar a câmera das mãos no cinegrafista. No meio da confusão, o repórter Márcio Lins foi agredido pelas costas, com golpes no pescoço e na cabeça, e desmaiou.

Para a presidente do Sinjor, Sheila Faro, a sociedade precisa de uma resposta a respeito das agressões. “Cobramos uma retratação pública do comando de greve sobre o caso do Márcio. Espero que eles cumpram o compromisso de não impedir mais nenhum profissional da imprensa de trabalhar” disse Sheila.

O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Francisco Xavier, reafirmou o compromisso dos manifestantes de se retratar publicamente. “Nós vamos chamar os representantes amanhã (dia 8), nos comprometemos em fazer essa retratação” disse Xavier, que mantém a tese de que a agressão foi um caso isolado. “Jamais queríamos que aquilo (a agressão) tivesse acontecido, foi muito desagradável e podia ter levado nosso movimento ao desespero”.

Xavier sustenta a tese de que Walcir o agressor do repórter Márcio Lins estaria infiltrado para tumultuar a manifestação. “Ele não faz parte do movimento, ele apareceu só aquele dia. Só temos a lamentar e pedir desculpas, e a reunião foi muito boa nesse sentido” afirmou Xavier, agradecendo a oportunidade de esclarecer publicamente a questão. “Precisamos da ajuda da sociedade, sem a sociedade o nosso movimento não vai a lugar nenhum.”

De acordo com Sheila Faro, o Sinjor vai acionar judicialmente o agressor identificado pelas imagens da TV Liberal.  O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, Jarbas Vasconcelos, designou o membro da Comissão da Liberdade de Imprensa da OAB, Sávio Barreto, para acompanhar todo o caso.

Manifestação
Na última sexta-feira (4), os agentes interditaram os dois lados a rodovia BR-316, o que provocou um engarrafamento de aproximadamente 10 quilômetros. Mais de 10 órgãos de segurança pública do Pará estiveram em reunião durante a manhã e a tarde do último sábado (5), para discutir a situação dos policiais. O secretário da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), Luiz Fernandes, admitiu que se trata de uma crise, mas afirmou que não foi discutida a questão salarial dos agentes.

Reajuste
O Projeto de Lei 34/2014, que dispõe sobre a política de remuneração dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Pará, encaminhado pelo Poder Executivo, foi aprovado pelas comissões de Orçamento e Finanças e de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, em reunião conjunta realizada no dia 31. Uma proposta de uma emenda para a inclusão dos praças no mesmo projeto foi considerada inconstitucional e rejeitada pelas comissões.

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Via, G1 PA

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