No último balanço divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao menos quatro mulheres morreram vítimas de feminicídio no país na primeira metade de 2022. Os dados chamam a atenção para a situação da violência doméstica no Brasil.
No último sábado (25), mais uma mulher perdeu a vida para um homem com quem mantinha um relacionamento amoroso. Mayara Figueiredo Gonçalves, de 29 anos, foi assassinada a facadas pelo companheiro, Jean Amaro, após uma discussão na casa em que viviam no município de Soure, na Ilha do Marajó, no Pará.
Segundo informações da Polícia Civil, o assassino deu uma facada nas costas da vítima durante a briga, que ocorreu na madrugada de sábado. Após matar a companheira, ele fugiu do local.
Equipes da PC foram até a cena do crime na manhã seguinte e tentaram recolher novas informações, mas ninguém quis falar sobre o caso. Já nesta segunda-feira (27), os policiais receberam denúncias de que o Jean estava escondido na casa da mãe e o localizaram na residência.
Em nota, a Polícia Civil informou que prendeu o homem em flagrante pelo crime de feminicídio. O preso encontra-se à disposição da Justiça.
HISTÓRICO DE AGRESSÕES
De acordo com a Polícia Militar, a vítima já tinha realizado diversas denúncias na polícia contra o companheiro, que respondia pelo crime de lesão corporal. Ele chegou a ser preso pelo crime em 2022.
Ainda neste ano, Mayara chegou a solicitar uma pedida protetiva de urgência contra o rapaz, que foi negada pela Justiça. A jovem deixou dois filhos menores de idade, sendo um deles um bebê de apenas oito meses.
Correção
Diferente do que foi informado na matéria, a Associação dos Magistrados do Estado do Pará, negou que a medida protetiva tenha sido solicitada pela vítima e negada pela juíza titular da comarca do município onde o crime ocorreu.
Veja a nota na ínttegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Sobre a reportagem “Homem esfaqueia e mata a companheira de 29 anos em Marajó”, publicada em 28/02/2023, a Associação dos Magistrados do Estado do Pará (AMEPA) esclarece que em momento algum houve representação da vítima por medida protetiva. Logo, é completamente inverídica a afirmação de que tal medida foi negada pelo Poder Judiciário.
Nos autos relacionados ao caso (nº 0800418-86.2022.8.14.0059), consta que o acusado foi preso em flagrante no dia 27/04/2022 pelo crime de lesão corporal com violência doméstica, convertida em preventiva na audiência de custódia. Após o término da instrução processual, a pedido da defesa e do Ministério Público, em 09/08/22 o detento foi colocado em liberdade provisória mediante cautelares diversas da prisão. Ontem (28), o agente teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e audiência de custódia marcada para hoje (1º de março).
A AMEPA se solidariza com sua associada, juíza Rafaella Moreira Lima Kurashima, titular da comarca do município, e repõe a verdade dos fatos na cidade de Soure, como forma de esclarecer a sociedade e restabelecer a credibilidade no Poder Judiciário.
Belém, 01 de março de 2023
Por: RBATV
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