(Foto: divulgação)
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As famílias de cinco das nove pessoas assassinadas durante esta madrugada (5) em Belém, foram ao IML fazer o reconhecimento dos corpos. De acordo com o IML, os corpos identificados até as 13h43 são: Eduardo Galucio Chaves, 16 anos, Bruno Barroso Gemaque e Alex dos Santos Viana, ambos com 20 anos, Nadson da Costa Araújo e Jean Oscar Ferro dos Santos, que não tiveram idades divulgadas.

A namorada do adolescente Eduardo Chaves, Leonice Viana, disse que estava com o rapaz quando ele foi assassinado (veja vídeo acima). “A gente foi na casa da avó dele, e fomos abordados por várias pessoas encapuzadas. Mandaram eu soltar a mão dele e ir embora. Eu comecei a agarrar ele e me puxaram pelo braço. Foi na hora que aconteceu, que mataram ele”, desabafa.

O bombeiro Valmir Fonseca também reconheceu o corpo do filho adotivo Alex dos Santos Viana, que foi assassinado no bairro do Sideral. “Me espantei com o disparo. Foram pra mais de 30 tiros. Os meliantes que fizeram isso passaram de moto”, disse.

Nove pessoas foram assassinadas na noite desta terça-feira (4) em seis bairros de Belém, informou o secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes, em entrevista à imprensa nesta quarta. Os crimes ocorreram após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, 43, ser assassinado a tiros perto da rua onde morava. Os casos estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a relação entre eles. Pelo menos seis mortes têm características de execução. O corpo do policial deve ser velado na capela de São Francisco de Assis durante a tarde.

Redes sociais
Após a morte do PM, começaram a circular informações nas redes sociais de que estaria ocorrendo uma chacina nos bairros periféricos da cidade, e que dezenas de pessoas já haviam sido mortas. Diversos vídeos e áudios de supostos tiros sendo disparados estão sendo publicados na internet e compartilhados entre moradores de Belém. Uma mensagem de voz chegou a ser compartilhada por meio do aplicativo WhatsApp em que uma pessoa pedia para que moradores do bairro Guamá não saíssem de casa porque um policial havia sido morto e eles iriam fazer uma “limpeza” na área.

A Secretaria de Segurança Pública informou que as informações que circulam nas rede sociais não são verdadeiras, inclusive foram usadas fotos de mortos da boate Kiss dizendo que eram da “chacina” em Belém.

Pânico
O promotor da Justiça Militar Armando Brasil pediu que a população de Belém não se deixasse influenciar por informações exageradas compartilhadas em redes sociais. “A população não deve entrar em pânico. Há muitas pessoas se aproveitando da situação e espalhando boatos pela internet, tentando criar uma situação de caos. São vídeos, áudios e fotos que não têm relação com os fatos ocorridos ontem e que estão sendo forjados para disseminar o pânico”, disse Brasil.

 

G1 PA

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