(foto: divulgação)

Segundo dados levantados pela Celpa, entre o mês de maio e os primeiros dez dias do mês junho de 2018, a brincadeira de pipas já foi responsável por cerca de 750 ocorrências de falta de energia em todo o estado do Pará. Este número representa um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Desde janeiro, só na Região Metropolitana de Belém foram aproximadamente 300 casos de interrupção motivados por ‘papagaios’ na fiação elétrica.

Ainda de acordo com a concessionária, desde o início do ano já foi possível contabilizar mais de duas mil situações de falta de energia ocasionadas por pipas. No ranking elaborado pela empresa que elenca quais as cidades apresentam mais ocorrências de falta de energia, depois da Região Metropolitana de Belém, Santarém aparece com cerca de 200 ocorrências. Logo em seguida, vem Capanema com 125 casos, seguido de Bragança com 110 e Marabá com 68 interrupções motivadas pela brincadeira.

ALERTA MÁXIMO – Em 2017, milhares de pessoas em todo o Pará foram prejudicadas pela prática da atividade próximo a fiação: foram mais de sete mil e quinhentas ocorrências, juntando os meses de janeiro, maio, junho e julho, que são caracterizados também pelas férias escolares.  Os ‘papagaios’ que ficam enroscadas nos cabos também exigem ações de reparos para retirada das pipas da fiação, com custos que poderiam ser investidos em outras ações de melhoria do sistema elétrico.

O gerente da área de Operações da Celpa, Sergio Valinho, explica que a empresa atua medidas preventivas, mas o mais importante é o apoio da população. “Nós fazemos manutenções com o uso de espaçadores nos cabos da rede, para que eles não se encostem quando as pipas ficam engatadas nos fios. Mas é essencial o apoio da população para garantir que estes números de interrupções não cresçam ainda mais, sobretudo agora nos meses de junho e julho, quando a atividade se intensifica. Por isso nós reforçamos que a brincadeira deve ser praticada bem longe da fiação elétrica”, orienta o gerente.

SEGURANÇA – O risco a vida da população é potencializado caso não sejam tomados os devidos cuidados na hora de soltar as pipas no ar. Para evitar qualquer tipo de acidente, a Celpa orienta que as pessoas empinem os papagaios em campos abertos, com boa visibilidade e longe de fiação elétrica. A concessionária destaca ainda que as linhas cerol (mistura de cola com vidro moído, em alguns casos até com pó de ferro), ao entrar em contato com a fiação elétrica, também pode provocar curto-circuito.

O executivo da área de Segurança da Celpa, Alex Fernandes, orienta sobre os riscos. “Quando as pipas ficarem engatadas na fiação elétrica, jamais deve ser feito qualquer esforço para soltá-las, pois o contato de cabo com o outro pode causar curto-circuito e descargas elétricas, podendo levar o cidadão a morte. Em hipótese alguma deve-se usar barras de ferro, trilhos de cortina, pedaços de madeira e outros materiais que são condutores de eletricidade, para retirar as rabiolas dos fios. Lembrando que acidentes envolvendo a fiação elétrica podem ser fatais”, alerta o executivo.

Orientação – Desde o início do mês de junho, a concessionária vem realizando palestras de conscientização em escolas e comunidades de todo o Estado para orientar crianças e jovens a praticarem a atividade o mais longe possível da fiação elétrica. A ideia é mostrar de forma clara e didática os prejuízos que a brincadeira pode ocasionar se as recomendações não forem seguidas à risca.

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