O preço médio do quilo do açúcar teve reajuste de 1,42% em junho deste ano em comparação ao mês de maio. É o que mostra o estudo divulgado nesta terça-feira, 21, pelo Dieese/PA, que aferiu os preços em supermercados de Belém. Mas a alta no semestre é o que assusta, 15,21%.  

Além da alta do açúcar em junho em relação ao mês anterior, de 1,42%, o departamento também fez o levantamento do primeiro semestre deste ano, que mostra uma disparada de preço desse que é um dos produtos da cesta básica. De janeiro a junho, o açúcar teve alta acumulada de 15,21%. É importante lembrar que a inflação no período foi de apenas 0,36%.

Para se ter noção da relevância da alta no preço do açúcar no semestre, precisa-se levar em conta os últimos 12 meses, quando o reajuste acumulado chegou a 16,72%, contra uma inflação de 2,35 %, segundo o Dieese. Ou seja, em um ano, a maior parte do reajuste de preço se deu neste primeiro semestre de 2020.

Segundo o Dieese, em junho, a cesta básica de alimentos custou R$ 453,87, comprometendo em torno de 47% do atual salário mínimo, de R$ 1.045,00.

A partir o levantamento de preços feito pelo departamento, em supermercados da capital, é possível acompanhar a trajetória do preço do quilo do açúcar refinado, que era vendido, em junho de 2019, em média, a R$3,05. E fechou o ano de 2019 a R$3,09, mostrando pouca variação. Em janeiro de 2020, já era comercializado, em média, a R$3,19. Em abril, custava R$3,37; em maio, R$3,51; e em junho, R$3,56.

Como no cálculo da cesta básica a previsão de consumo mensal do açúcar por trabalhador no Pará é de três quilos, o gasto total mensal para o consumo dessa quantidade do produto em junho foi de R$10,68. Isso significa que o tempo de trabalho necessário para adquirir esse montante do produto foi de duas horas e quinze minutos, abocanhando 1,1% do salário mínimo.

Por Oliberal

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