A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu nesta terça-feira (7), “evidências emergentes” de transmissão pelo ar do novo coronavírus, depois que um grupo de cientistas cobrou o organismo global a atualizar suas orientações sobre como a doença respiratória se espalha. 

Qualquer alteração na avaliação de risco de transmissão pela OMS pode afetar seus conselhos atuais sobre manter o distanciamento físico de um metro.

Governos que também contam com a agência para definir suas políticas de orientação, também podem precisar ajustar as medidas de saúde pública destinadas a conter a propagação do vírus. “Temos conversado sobre a possibilidade de transmissão pelo ar e transmissão por aerossol como uma das modalidades de transmissão da covid-19”, disse Maria Van Kerkhove, principal autoridade técnica da OMS para a pandemia de covid-19, em uma coletiva de imprensa. 

A OMS havia dito anteriormente que a covid-19 se dissemina principalmente através de pequenas gotículas expelidas pelo nariz e pela boca de uma pessoa infectada que logo caem no chão. 

Mas em uma carta aberta enviada à agência sediada em Genebra e publicada na segunda-feira (6), no periódico científico Clinical Infectious Diseases, 239 especialistas de 32 países delinearam indícios que, dizem, mostram que partículas flutuantes do vírus podem infectar pessoas que as inalam. 

Como estas partículas menores que são exaladas podem permanecer no ar, os cientistas exortaram a OMS a atualizar suas diretrizes. “… A possibilidade de transmissão pelo ar em locais públicos — especialmente em condições muito específicas, locais cheios, fechados, mal ventilados que foram descritos — não pode ser descartada”, disse Benedetta Allegranzi, principal autoridade técnica de prevenção e controle de infecções da OMS.

Por G1

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