Multidão cercou o prédio da prefeitura e bloqueou a rodovia BR-010.
Tropa de choque da Polícia Militar precisou intervir.
Imagem: blog do Bruno paraense
Manifestantes fizeram um protesto de mais 12 horas no município de São Miguel do Guamá, no nordeste do Pará. A manifestação ocorreu após uma ação judicial que autorizou que a prefeita da cidade, que estava afastada, retornasse ao cargo. Ela é suspeita de desviar verbas públicas e de atrasar o pagamento de funcionários municipais.
Na manhã da última quarta-feira (5), quando a prefeita retornou ao prédio da prefeitura, os manifestantes impediram sua saída. Eles atearam fogo em pneus e madeira para bloquear a rodovia BR-010, no perímetro urbano de São Miguel do Guamá. A estrada federal ficou parada por 4h, provocando um engarrafamento de 10 km dos dois sentidos da pista.
Funcionários de várias secretarias estariam sem receber por dois meses de trabalho. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintep), Alfredo Borges, “hospitais estão com as portas fechadas por falta de médicos, enfermeiros e remédios básicos para atender a população, a questão dos transportes escolares que não estão pagando. Essas são algumas das denúncias de desvio de milhões de reais. São vários os problemas que ocorrem no município”, revela.
Somente com a chegada da imprensa é que os manifestantes decidiram liberar a rodovia. Insatisfeitos, moradores e funcionários da região foram até a prefeitura, exigir a renúncia voluntária da prefeita. Um grupo de funcionários e a diretoria do Sintep se reuniram com a prefeita, mas não houve acordo.
Uma multidão cercou o prédio e foi preciso uma intervenção de escolta da tropa de choque da Polícia Militar para garantir a segurança da prefeita e evitar a depredação do prédio público. Apesar da manifestação, a prefeita Márcia Cavalcante não deixará o cargo.
“Muita gente reclamou, eu peguei só dois anos de mandato. Não tive uma assistência e reconheço os erros que tive, eu queria simplesmente entregar essa faixa com dignidade, dizer que eu honrei o meu compromisso. Porque política não me interessa mais”, explica.
Segundo os moradores, o protesto terminou por volta da meia-noite quando a prefeita deixou o prédio escoltada pela polícia. A tropa de choque precisou utilizar bombas de gás lacrimogêneo para conter a população.
Imagem: blog do Bruno paraense
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G1 PA