Foto: Reprodução

Na tarde da última sexta-feira (02), um adolescente de 17 anos que tinha uma garota de 15 como sua crush (espécie de admiração e desejo de namorá-la)  a estuprou e a matou a facadas, em Cristalina, município Goiano.

A jovem se chamava Amanda dos Santos Silva ela voltava da escola quando foi atacada na porta de casa. Antes de adentrar a residência, em um lote formado por um complexo de quitinetes, foi puxada pelo braço e arrastada até o imóvel do autor do ato infracional.

Armado com um facão de 30 centímetros, o rapaz acusava a vítima de não aceitar manter um relacionamento com ele. “Matei porque ela não queria me namorar”, contou, em depoimento à Polícia Civil de Goiás.

O pai de Amanda, que é cadeirante, ouviu os gritos de agonia da filha, mas, em razão de sua imobilidade, não conseguiu arrombar a porta. Instantes depois, dois vizinhos o ajudaram e invadiram o cômodo, onde encontraram a adolescente já nua e ensanguentada. “O pai da vítima gritou para que cessassem as agressões, mas foi ignorado”, consta na ocorrência policial.

Linchamento

O menor ainda tentou fugir do local, mas foi contido por vizinhos. Ele chegou a ser linchado e foi salvo graças à intervenção de uma equipe da Polícia Militar do estado vizinho.

Na oitiva prestada na Delegacia de Cristalina, o suspeito disse ainda ter obrigado Amanda a ingerir compridos de Rohypnol. A ideia era que ela ficasse grogue e não resistisse durante a violência sexual.

 Ainda segundo informações, os dois flertavam e ainda trocaram olhares durante um tempo, sobretudo, do nada, a garota mudou de ideia e passou a ignorá-lo.

Amigos da escola contaram ainda que um era “crush” do outro no início, mas tudo mudou.

 O adolescente infrator responderá por atos infracionais análogos aos crimes de homicídio qualificado e estupro. Por ser menor de idade, pode ser sentenciado a, no máximo, 3 anos de internação em unidades socioeducativas.

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Suicídio

Um texto de despedida escrito pelo autor do ato infracional indica que ele pode ter premeditado o delito. Apesar de nas mensagens garantir que tiraria a própria vida, ele não chegou a cumprir a promessa.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

Fonte: DOL.

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