Mulheres gostam de falar, de conversar e… dar palpites. Mas este é um assunto delicado. Quem está tentando engravidar ou fazendo tratamentos de infertilidade passa por momentos que só quem fez sabe. É uma chuva de hormônios, um rombo no orçamento, uma frustração tremenda a cada tentativa fracassada.
Portanto, procure poupar amiga, prima, irmã, colega de certos cometários. Tenho uma listinha própria, já que passei por isso anos atrás, e o site “Huffington Post” também publicou a sua. Aqui, um resumo das duas (e com as respostas que a gente tem vontade de dar):
1. Será que você quer mesmo ter filhos?
Não! Estou só matando o tempo em clínicas de fertilidade, já que não tenho mais nada pra fazer na vida…
2. Você deve ter algum bloqueio psicológico que está impedindo a gravidez.
Claro! Como não pensei nisso antes?
3. Se deixar de tentar, você fica grávida.
Sem dúvida. Acho até que vou parar de namorar meu marido pra ver se o anjo Gabriel vem me visitar.
4. Adota que você engravida, boba!
Really? Ninguém com o mínimo de bom senso quer usar uma criança para ter outra. E isso é um mito. De acordo com estudos feitos pela Associação Nacional de Infertilidade, dos Estados Unidos, a taxa de gravidez após a adoção é o mesmo que para aqueles que não adotam.
5. Deus tem outro plano para você. Ele não quer que você tenha filhos.
Jura? Ele falou isso pra você?
6. Vamos comigo comprar uma boneca para minha filha?
Não, obrigada! Quero ir a um bar e beber uma garrafa de Vodka e fumar um maço de cigarros – por que você não vem comigo?
7. Você pode ser uma mãe para filhos de seus amigos.
Nossa, é mesmo! É a mesma coisa de ter meus próprios filhos!
8. Supere isso! Desencana!
Verdade. Fomos educadas a vida toda para ter filhos, a gente tem uma expectativa em cima disso também e agora vou simplesmente desencanar, de uma hora pra outra. Obrigada pelo conselho!
9. Você tem a maior sorte de não ter filhos.
Sem dúvida. Se eu não quisesse tê-los!
10. Não desista. Você não pode parar agora.
Tratamento para infertilidade é muito dolorido – emocionalmente dolorido. E tem limite, sim.
Se você nunca passou por isso e quer consolar sua amiga, fica a sugestão. Diga um boa sorte ou conte comigo que será muito melhor do que qualquer palpite infeliz. Concorda?
Por Carla Gullo | revista marieclaire
