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Motoristas envolvidos em acidente na Alça Viária no Pará se contradizem

O delegado Luiz Roberto Nicácio, que preside o inquérito sobre o acidente na estrada da Alça Viária, no município de Acará, no nordeste do Estado, ouviu na manhã desta sexta-feira (27), em Belém, o condutor da carreta envolvida no desastre, ocorrido na última terça-feira (24). Carlos Otávio Tavares da Silva apontou o condutor do micro-ônibus como responsável pelo acidente.
Nove pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Ao delegado, o carreteiro relatou que seguia em direção ao distrito de Icoaraci, em Belém, onde desembarcaria sete bobinas de cabos metálicos. Momentos antes da colisão, ele viu o micro-ônibus fazendo ultrapassagens na estrada. Ao se aproximar do veículo de transporte de passageiros, disse Carlos Otávio, o condutor do micro-ônibus novamente teria feito uma ultrapassagem.
Foi então que ele perdeu o controle do veículo, que derrapou na pista, ficando com a frente voltada para o sentido contrário da rodovia. A carreta bateu na lateral direita do micro-ônibus. Com o impacto, as bobinas se desprenderam e caíram sobre o veículo de transporte de passageiros. Cada bobina pesa 3,7 toneladas.
A carreta, segundo Otávio, é de propriedade da empresa de transporte de cargas Maquioro, que tem sede no Conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. O veículo, conforme apurou o delegado, não é adequado para transporte desse tipo de carga, e sim de contêineres. O delegado disse que ainda não foi possível ouvir os relatos de sobreviventes que viajavam no micro-ônibus, ainda internados no Hospital Metropolitano, por estarem muito debilitados.
Perícias – Uma equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves já fez a perícia nos dois veículos, que estão apreendidos no Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Estadual, na Alça Viária. Os peritos também foram ao local do acidente, para uma nova análise.
“Será fundamental a perícia no tacógrafo do micro-ônibus, para apontar a que velocidade trafegava o veículo”, disse Luiz Nicácio. O delegado ainda aguarda os laudos das perícias de necropsia, dosagem alcoólica e toxicológica feitas no motorista do micro-ônibus.
Em depoimento prestado no dia do acidente, o motorista do micro-ônibus, Carlos Alberto Loureiro da Silva, apresentou outra versão para o acidente. Ele alegou que teria sido ultrapassado por um carro e, ao reduzir a velocidade para permitir a ultrapassagem, acabou perdendo o controle do veículo, pois chovia muito e a pista estava escorregadia. O inquérito tem prazo de até 30 dias para conclusão.
Agência Pará