Segundo a Brasil BioFuels (BBF), o conflito ocorreu após a invasão de terras e destruição de maquinários que pertencem à empresa. (Reprodução)

Um confronto em uma área de exploração de dendê, no município de Tomé-Açu, nordeste paraense, deixou pelo menos três indígenas do povo Tembé feridos nesta segunda-feira (7). Dois homens e uma mulher foram socorridos para um hospital. Não há informações sobre o estado de saúde dos pacientes. Segundo a Brasil BioFuels (BBF), o conflito ocorreu após a invasão de terras e destruição de maquinários que pertencem à empresa. Ainda de acordo com a BBF, seguranças da companhia precisaram agir para conter a “ação criminosa dos invasores e resguardar a vida dos trabalhadores que estavam no local”.

“O Polo de Tomé-Açu, propriedade privada da empresa composto pela Agrovila, Administração Geral e Áreas de Infraestrutura, foi novamente invadido e teve equipamentos incendiados e edificações destruídas por invasores indígenas na manhã desta segunda-feira”, informou a BBF, por meio de nota enviada à imprensa.

“Na ação, cerca de 30 invasores armados ameaçaram e agrediram trabalhadores da empresa no local, antes de incendiar dezenas de tratores, maquinários agrícolas e edificações da empresa. Em defesa, a equipe de segurança privada da Companhia conseguiu conter a ação criminosa dos invasores e resguardar a vida dos trabalhadores que estavam no local”.

“A empresa reforça que já tomou as medidas jurídicas cabíveis junto ao poder judiciário, bem como também o apoio aos órgãos de segurança pública do Estado do Pará e aguarda uma rápida solução do caso”, afirmou a BBF.

Os indígenas afirmam que foram baleados por seguranças da empresa que produz dendê na região, depois de realizarem um protesto para cobrar agilidade nas investigações do baleamento de outro membro da etnia na última sexta-feira (4). Durante o confronto, veículos e maquinários foram incendiados. Por nota, a Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) disse que reforçou a segurança na área.

Nas redes sociais, o indígena Paratê Tembé comentou o caso. “Como falar em sustentabilidade se nós, guardiões da floresta, somos tratados como marginais em nossa própria casa? A BBF nos chama de invasores, mas como pode alguém invadir o que é seu?”, publicou.

Em um comunicado enviado à imprensa, a Segup informou “que está tomando as providências, dentro das atribuições do Estado, para esclarecer as circunstâncias do ocorrido”. “A Segup destaca que o policiamento na área foi reforçado e que as Polícias Civil e Militar estão em diligências para esclarecer os fatos e instaurar inquérito para investigar e identificar os suspeitos”, comunicou a secretaria.

Por: O Liberal

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